O panorama da saúde tem se modificado com a revolução tecnológica no campo da medicina, sobretudo com os avanços significativos da inteligência artificial (IA), para auxílio no diagnóstico precoce de diversas doenças. Essas inovações oferecem valiosos recursos, especialmente no combate a doenças em que o tempo é um fator determinante, como é o caso do melanoma, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. No Brasil, o melanoma representa um grande desafio de saúde pública. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2022), 30% de todos os diagnósticos de câncer no país são de pele, sendo o melanoma o mais letal. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica ressalta que “a fase em que o melanoma é descoberto costuma ser decisiva para o sucesso do tratamento e para que sejam maiores as taxas de sobrevida em cinco anos” (SBCO, 2023). Se identificado precocemente, a taxa de cura pode ultrapassar 90%, enfatizando a importância de diagnósticos rápidos e precisos. Neste sentido, por entender que o uso de recursos tecnológicos tem a capacidade de dar celeridade no processo de diagnóstico, o Laboratório de Análise de Imagens e Sinais – LAIS, do Núcleo de Tecnologias Estratégias em Saúde – NUTES/UEPB, desenvolveu um aplicativo que utiliza inteligência artificial através de modelos de aprendizado de máquinas para rastrear e classificar melanoma na pele. Trata-se do software “Derma: Sistema de Diagnóstico assistido por Computador – DERMA SDAC”, protocolado junto ao INPI sob o número 512024003406-4. E desenvolvido pelo Prof. Dr. Robson Pequeno de Sousa, Departamento de Computação – CCT, em parceria com os pesquisadores do NUTES José Alberto Souza Paulino, Aleksandro da Costa Fabrício e Luís Thiago Costa Henrique. O aplicativo está acessível por meio de smartphones e tem o objetivo de servir como uma ferramenta de apoio ao diagnóstico para profissionais de saúde. Essa tecnologia tem o potencial de acelerar significativamente o processo de diagnóstico, o que é crucial para um tratamento eficaz, especialmente em áreas onde o acesso a dermatologistas é limitado. Como o tempo é um fator crítico para o prognóstico do paciente, a possibilidade de usar essa tecnologia por meio de um simples smartphone conectado à internet oferece uma solução acessível e fácil de usar. Além disso, essa ferramenta pode ser integrada a programas de rastreamento de câncer de pele, permitindo um monitoramento mais eficaz em larga escala e uma resposta mais rápida em casos suspeitos, além de apoiar ações estratégias de gestão. Atualmente, o aplicativo alcança uma taxa de acurácia de 92% na distinção entre lesões benignas e melanomas, evidenciando seu excelente desempenho no rastreamento desse tipo de câncer de pele. Além disso, a equipe de desenvolvimento já está avaliando a incorporação de outros tipos de lesões cutâneas, ampliando o potencial dessa ferramenta para diagnósticos dermatológicos mais abrangentes. Para saber mais sobre essa e outras iniciativas inovadoras, visite o site da INOVATEC e acompanhe as novidades. Leandro Diniz